>> Por Revista Eclésia.
>> Adicionado em 23/05/2004.
FONTE:
http://www.infonet.com.br/adiberto/ler.asp?id=110471&titulo=adiberto
No início da década de 80, o Brasil ficou sabendo que
em Sergipe existia a Igreja do Diabo, comandada pelo astrólogo cearense Luiz
Howarth. Construído em forma de um caixão de defunto no município de Socorro, o
templo de Lúcifer revoltou os católicos sergipanos, capitaneados pelo arcebispo
metropolitano dom Luciano Cabral Duarte. Este procurou o governador Augusto Franco
e pediu providências para acabar com o que chamava de uma vergonha para o
Estado. Pressionado pelos religiosos, o governador mandou estudar a
possibilidade de desapropriar a Igreja do Diabo. Informado que Augusto Franco
pretendia antes da desapropriação reuni-lo com o arcebispo, Luiz Howarth mandou
um recado pelo programa que mantinha na rádio Liberdade/AM. “Não vou discutir
nada com o arcebispo, Se tiver que me reunir só o faço com o Papa deles”. Não
houve o encontro anunciado e o governo desapropriou e demoliu a Igreja, para
alegria das beatas e dos papa-hóstias.
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FONTE:
http://www.tabernaculonet.com.br/luz.php?facho=t00485
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Não
deixe de ler a "Nota" lá embaixo, depois da entrevista, para tornar
claras algumas coisas e evitar confusões.
Figura 01: Howarth num ritual satânico.
ECLÉSIA: Na infância, o senhor tinha religião?
LUIZ: Minha família era católica praticante. Todo mundo rezava o terço e se confessava, e minha vida foi assim até os sete anos. Na véspera da minha primeira comunhão [espécie de iniciação da criança na fé católica], tive um sonho com uma entidade em forma de mulher, que se dizia o diabo absoluto, o supremo ser. O ser me disse que eu tinha nascido para divulgar essa mensagem eclética, cósmica, universal. A partir daí, comecei a desenvolver uma bronca da igreja, e senti que minha missão era aquela.
ECLÉSIA: Sua igreja representa uma religião?
LUIZ: Não, é uma anti-religião. Ela veio para mostrar ao mundo que toda religião é um atraso.
ECLÉSIA: Há outros sacerdotes na sua igreja?
LUIZ: Eu sou o único. Agora, estou preparando outras pessoas aqui e em São Paulo, porque no fundo, eles até gostam da idéia, mas o desejo deles é ter dinheiro. Existe egoísmo, existe vontade de crescer em cima dos outros, e o diabo não quer isso.
ECLÉSIA: Então, o que o diabo quer?
LUIZ: O diabo quer liberdade total. Ele até prefere que as pessoas achem que ele não existe. Esta é a maior arma dele. [grifo nosso]
ECLÉSIA: O senhor acha que o diabo é ruim?
LUIZ: Olha, o diabo não é tão ruim. E se for verdade que o diabo veio do céu, ele não pode ser tão ruim. Deus, na sua bondade e sabedoria, não poderia fazer um troço ruim. E se ele fez, e o diabo passou a ser o que é, segundo a religião, e Deus nada pode fazer, então, Deus é fraco; e se pode fazer alguma coisa e não faz, é cúmplice do diabo.
ECLÉSIA: Na sua opinião, existe relação entre o Satanismo e crenças como o Espiritismo, o candomblé e a quimbanda, como dizem algumas correntes evangélicas?
LUIZ: Olha, tanto na quimbanda como no candomblé, no esoterismo, no ocultismo e no kardecismo, existe o demônio para tentar os outros. O candomblé tem o Exu; o catolicismo tem o Lúcifer. Todas as religiões têm um deus e um diabo.
ECLÉSIA: O diabo faz milagres, como curar as pessoas?
LUIZ: Não, o diabo não faz milagres, mas ele induz as pessoas a provocar o milagre. O que poderia ser milagre? Algo que o homem não pode fazer e a natureza faz. Quer dizer, o milagre diabólico poderia ser como a lagarta - ela vira casulo e depois se transforma em borboleta. Quer dizer, como há esses conceitos de metamorfose na natureza, há conceitos também que o diabo pode trabalhar na sua mente, para que você entre no canal real da realidade suprema, que seriam os dois - Deus e o diabo, ao mesmo tempo.
ECLÉSIA: Que tipos de pessoas freqüentam sua igreja?
LUIZ: Todas as pessoas que têm problemas, inclusive de todas as religiões. Aqui nós recebemos católicos, espíritas, candomblecistas, quimbandeiros, umbandistas, kardecistas, esotéricos, maçons. Gente de todos os níveis sociais. Eles querem três coisas na vida: dinheiro, saúde e amor. Geralmente, quando o cara vem, está com falta de uma dessas três três coisas. O homem, quando está feliz, não reza, nem vai para a igreja. Só vai para a igreja o cara que quer se salvar de um pecado, ou para pedir ajuda. Assim, um cara meio de segunda mão.
ECLÉSIA: O senhor acredita que, o que Deus pode fazer, o diabo não pode, e vice-versa?
LUIZ: Nada. O que um faz, o outro faz. Deus e o diabo são consciências que têm os mesmos poderes, e os dois se equilibram. Quer dizer, é como se fosse o positivo e o negativo, só que não no conceito de o negativo ser ruim e o positivo ser bom. Todo o nosso trabalho é feito com os dois, porque nós não somos contra Deus - nós somos contra é o deus da igreja, o deus que o homem criou.
ECLÉSIA: Quem é Jesus, para o senhor?
LUIZ: Eu o acho um fraco, apesar do rebanho dele ser grande. E o rebanho é grande porque os profetas da igreja, homens como o apóstolo Paulo, criaram um marketing muito grande em cima dele. Jesus é um processo do fracasso. Sabemos que o Cristo foi um homem. Ele foi um rabino, um homem inteligente, que fez alguma coisa especial. Ele tem uma filosofia de vida diferente, prega a não-violência. Olha, Jesus não é uma figura que me encanta, mas tem alguma coisa nele que é válida, né?
>> Fonte: Revista Eclésia, n.º 90.
>> Nota: É bom deixar bem claro que este senhor não tem nenhuma ligação com a Alta Cúpula do Satanismo, chamada "A Irmandade". Uma coisa é ser adorador do diabo, outra é ser pertencente a essa seita, uma sociedade organizada internacional, chamada de "A Irmandade". Muito menos ainda ele é "papa do diabo". Os satanistas da seita conhecida como "A Irmandade" são totalmente secretos.
>> Obs.: Não possuimos qualquer dado para contato com o sr. Howarth (e não precisamos disso).
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